quarta-feira, maio 19, 2010
terça-feira, maio 18, 2010
Irresponsabilidade on line - Benfas tv
O caso acima relatado mostra que deve evitar-se a pressa em colocar na edição electrónica uma informação de origem alheia sem as necessárias cautelas. Mas se à pressa se juntam o incumprimento de regras jornalísticas básicas, como a de confirmar uma informação, e uma boa dose de irresponsabilidade, os efeitos podem ser desastrosos.
Às 15h17 de anteontem, o PÚBLICO on line noticiava a morte de um jovem adepto do Benfica, na sequência de uma agressão que teria sofrido em Braga, no passado domingo, no quadro de confrontos com apoiantes do clube local. O texto não era assinado, citava como única fonte a BenficaTV e beneficiou, durante mais de quatro horas, da credibilidade atribuída ao jornal.
O leitor Álvaro de Sousa foi o primeiro a alertar-me: "Desde quando é que um jornal como o PÚBLICO apresenta uma notícia oriunda da BenficaTV sem a tentar confirmar?". Pergunta mais que pertinente, e que se revelaria certeira. Às 19h34, a notícia era "actualizada", no caso um eufemismo para "desmentida". Era falsa, tinham já esclarecido a PSP e o hospital onde o jovem fora assistido devido a um traumatismo ocular, antes de regressar a casa. "Vivo e cheio de saúde", segundo o site do Expresso.
O potencial incendiário de uma mentira como esta, evidente nas intervenções guerreiras que suscitou durante horas nas páginas do publico.pt e outros media, justifica os protestos indignados que se seguiram, como o da leitora Ana Antunes: "É inadmissível o que se passou hoje (...), em particular no PÚBLICO". Tem toda a razão, e o incidente (que deveria ter imposto uma explicação aos leitores) obriga certamente a uma reflexão urgente. Citando o responsável pelo fecho do jornal nesse dia, Miguel Gaspar, o PÚBLICO terá de estar "muito atento (...) no futuro" quanto ao uso de "fontes como essa como fontes normais, que não são".
José Queirós
http://blogs.publico.pt/provedor/
Às 15h17 de anteontem, o PÚBLICO on line noticiava a morte de um jovem adepto do Benfica, na sequência de uma agressão que teria sofrido em Braga, no passado domingo, no quadro de confrontos com apoiantes do clube local. O texto não era assinado, citava como única fonte a BenficaTV e beneficiou, durante mais de quatro horas, da credibilidade atribuída ao jornal.
O leitor Álvaro de Sousa foi o primeiro a alertar-me: "Desde quando é que um jornal como o PÚBLICO apresenta uma notícia oriunda da BenficaTV sem a tentar confirmar?". Pergunta mais que pertinente, e que se revelaria certeira. Às 19h34, a notícia era "actualizada", no caso um eufemismo para "desmentida". Era falsa, tinham já esclarecido a PSP e o hospital onde o jovem fora assistido devido a um traumatismo ocular, antes de regressar a casa. "Vivo e cheio de saúde", segundo o site do Expresso.
O potencial incendiário de uma mentira como esta, evidente nas intervenções guerreiras que suscitou durante horas nas páginas do publico.pt e outros media, justifica os protestos indignados que se seguiram, como o da leitora Ana Antunes: "É inadmissível o que se passou hoje (...), em particular no PÚBLICO". Tem toda a razão, e o incidente (que deveria ter imposto uma explicação aos leitores) obriga certamente a uma reflexão urgente. Citando o responsável pelo fecho do jornal nesse dia, Miguel Gaspar, o PÚBLICO terá de estar "muito atento (...) no futuro" quanto ao uso de "fontes como essa como fontes normais, que não são".
José Queirós
http://blogs.publico.pt/provedor/
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