terça-feira, abril 15, 2008

Na terra dos comedores de lotus

Na terra dos comedores de lotus,

o tempo prega-vos partidas.

Um dia estás a sonhar.

No outro, o teu sonho

tornou-se a tua realidade.


Foram os melhores tempos.


Se ao menos alguém me tivesse dito.


Foram feitos erros, corações foram

partidos, lições duras aprendidas.


A minha família segue em frente sem mim,


enquanto me afogo num

mar de conas sem sentido.


Não sei como cheguei aqui.


Mas aqui estou, apodrecendo

ao quente sol da cidade.


Há coisas que preciso de

perceber, por ela, ao menos.


O relógio está a andar.

O fosso alarga-se.


Ela não me vai amar, faça o

que fizer, para sempre.

1 comentário:

Xico disse...

Saíste-me um poeta do caragoooo!!! Pareces o Bocage!!!! Gostei, particularmente da parte: "enquanto me afogo num mar de conas sem sentido." A conagem é o nosso problema. As pachachas são uma maravilha!!!!! ehehehehe